Diretório Estadual do Rio Grande do Sul

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O candidatado do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, participou na tarde desta quinta-feira (10), em Gramado (RS), da 22ª Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais, realizada pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). O evento também reuniu os presidenciáveis Álvaro Dias, Henrique Meirelles, Manuela D’Ávila e Guilherme Boulos.

Em seu discurso de apresentação, Ciro falou sobre a necessidade de mudança, o que requer uma reflexão complexa e um debate profundo. Sustentou que o Brasil precisa mudar já que bateu a marca de 62 mil homicídios nos últimos doze meses, sendo a maior parte das vítimas jovens, negros e pobres.

Falou sobre o desemprego e a questão da informalidade, onde 37 milhões de brasileiros estão sem carteira assinada e fora da contribuição previdenciária, contra 32 milhões com carteira assinada. Mencionou que quando Carlos Lupi (presidente nacional do PDT) foi ministro do Trabalho – época em que Lula era presidente, o País contava com 50 milhões de trabalhadores com celetistas.

“O povo está angustiado com emprego, o povo está angustiado com saúde pública, o povo está angustiado com educação e está angustiadíssimo com a violência. O povo está indignado com a corrupção”, disse. “Como é que é que vamos prometer a sério, reverter o resultado de saúde pública caótico do País, sem equacionar o subfinanciamento e os gravíssimos problemas de gestão do SUS, que não dão ao município nenhuma faculdade de formação profissional (para o gestor)”?

No decorrer do debate foram apresentadas as idéias dos presidenciáveis relacionadas a temas sobre educação, segurança pública, tributos.

Antes do evento, Ciro falou rapidamente com jornalistas. Disse que o Brasil, entre os gravíssimos problemas econômicos, políticos e sociais, precisa restaurar a autoridade moral do poder político.

“Só assim vamos conseguir conciliar o povo e, portanto, enfrentar as reformas que o Brasil precisa”, afirmou. “Acho que a Unale anda em linha com a melhor prática quando chama todos os candidatos, na hora própria, e nos esforça a expor, de forma comparativa, as percepções do problema até porque não há dono da verdade”, disse.

“O Brasil tem um problema tão grave que nós precisamos sair dessas eleições capazes de nos dar as mãos depois. O vencedor com a tarefa de administrar e os que perderam, eventualmente, com a tarefa de criticar, de cobrar, mas de forma cooperativa”, pontuou.