Nascido em Carazinho, município do interior do Rio Grande do Sul, no dia 22 de janeiro de 1922, Leonel de Moura Brizola era filho de camponeses que haviam migrado de Sorocaba para sua cidade natal. Uma informação pouco conhecida é que seu nome de batismo original era Itagiba Moura Brizola, mas seu envolvimento com questões políticas desde cedo o levou a mudar seu próprio nome, assumindo a identidade de Leonel em homenagem a um dos mais importantes líderes dos maragatos na Revolução de 1923, Leonel Rocha. Já era o sinal de que a vida de Itagiba seria eminentemente política.
Leonel Brizola estudou em Porto Alegre, na instituição que mais tarde seria parte da atual Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Formou-se em Engenharia Civil e chegou a trabalhar na área por um período, mas seu envolvimento com a política logo tomou todo o seu tempo. Com 23 anos de idade, ele foi um dos fundadores do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no Rio Grande do Sul. Um ano depois, em 1946, ele já seria eleito deputado estadual, iniciando uma longa carreira política através de vários cargos. Quando disputou a prefeitura de Porto Alegre pela primeira vez, em 1951, foi derrotado por apenas 1% dos votos. Impossibilitado de assumir tal cargo, Brizola foi nomeado secretário de obras de seu estado natal antes de ser eleito, em 1954, deputado federal com a maior votação obtida no Rio Grande do Sul até então. Seria a guinada em sua vida pública que o elevaria da política regional para a política nacional. No entanto, preferiu disputar novamente a prefeitura da capital gaúcha no ano seguinte. Mais uma vez, seu sucesso nas urnas foi inquestionável. Brizola obteve mais votos que todos os seus concorrentes juntos.
Com uma carreira política de sucesso, aos 36 anos de idade Leonel Brizola foi eleito governador do Rio Grande do Sul, época em que iniciou um projeto de construção de seis mil escolas públicas no seu estado. Foi durante seu mandato de governador que o Presidente Jânio Quadros renunciou ao cargo inesperadamente. Sua atitude entregava a presidência ao seu vice, João Goulart. No entanto, este já era um político mal visto pelas elites tradicionais do Brasil, que alegavam sua ligação com as ideias socialistas. Quando ocorreu a renúncia de Jânio, João Goulart estava em missão diplomática na China, país já comunista naquela época, o que piorou sua imagem. Grupos de oposição no Brasil tentaram a todo custo impedir que Jango, como era chamado João Goulart, voltasse ao país e assumisse a presidência. Nesta época, Leonel Brizola liderou a Campanha da Legalidade, que defendia o direito de Jango tomar posse como novo presidente. Seu movimento foi vitorioso e Jango governaria o país pelos próximos anos.
Em 1962, Leonel Brizola se mudou para o Rio de Janeiro e foi eleito deputado federal. Mas a situação política no país só piorava rumo ao conservadorismo das forças de direita. Até que, em 1964, os militares comandaram um golpe que derrubou o governo do Presidente Jango e instalou no país uma ditadura militar. Brizola, diretamente ligado ao presidente deposto, perdeu seus direitos políticos e se exilou no Uruguai. Em 1977, a ditadura brasileira pediu sua expulsão do país vizinho e foi deportado para os Estados Unidos, onde desenvolveu boas relações com Jimmy Carter. No ano seguinte, foi para Portugal se juntar a outros exilados até voltar para o Brasil em 1979, permitido pela Lei da Anistia. No mesmo ano, foi um dos fundadores do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e retomou sua vida política no Brasil.
Em 1982, Leonel Brizola alcançou um feito ainda inigualado na história política de nosso país, foi eleito governador por um estado diferente, o Rio de Janeiro. Pouco depois, a ditadura militar finalmente acabaria no Brasil, em 1985. Com a volta das eleições diretas para presidente e a abertura para os civis, Brizola se candidatou ao posto máximo da política brasileira em 1989. Foi o terceiro candidato mais votado, ficando atrás de Collor e Lula, que disputaram o segundo turno. Brizola apoiaria Lula, mas Collor seria o vencedor no pleito eleitoral. Coube a Brizola disputar o governo do Rio de Janeiro no ano seguinte, para o qual seria eleito pela segunda vez. Em 1994 ele tentaria novamente a eleição para presidente. Na eleição seguinte para presidência, foi vice-presidente na chapa liderada por Lula, mas Fernando Henrique Cardoso conseguiu a reeleição.
Nascido em Carazinho, município do interior do Rio Grande do Sul, no dia 22 de janeiro de 1922, Leonel de Moura Brizola era filho de camponeses que haviam migrado de Sorocaba para sua cidade natal. Uma informação pouco conhecida é que seu nome de batismo original era Itagiba Moura Brizola, mas seu envolvimento com questões políticas desde cedo o levou a mudar seu próprio nome, assumindo a identidade de Leonel em homenagem a um dos mais importantes líderes dos maragatos na Revolução de 1923, Leonel Rocha. Já era o sinal de que a vida de Itagiba seria eminentemente política.
Leonel Brizola estudou em Porto Alegre, na instituição que mais tarde seria parte da atual Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Formou-se em Engenharia Civil e chegou a trabalhar na área por um período, mas seu envolvimento com a política logo tomou todo o seu tempo. Com 23 anos de idade, ele foi um dos fundadores do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no Rio Grande do Sul. Um ano depois, em 1946, ele já seria eleito deputado estadual, iniciando uma longa carreira política através de vários cargos. Quando disputou a prefeitura de Porto Alegre pela primeira vez, em 1951, foi derrotado por apenas 1% dos votos. Impossibilitado de assumir tal cargo, Brizola foi nomeado secretário de obras de seu estado natal antes de ser eleito, em 1954, deputado federal com a maior votação obtida no Rio Grande do Sul até então. Seria a guinada em sua vida pública que o elevaria da política regional para a política nacional. No entanto, preferiu disputar novamente a prefeitura da capital gaúcha no ano seguinte. Mais uma vez, seu sucesso nas urnas foi inquestionável. Brizola obteve mais votos que todos os seus concorrentes juntos.
Com uma carreira política de sucesso, aos 36 anos de idade Leonel Brizola foi eleito governador do Rio Grande do Sul, época em que iniciou um projeto de construção de seis mil escolas públicas no seu estado. Foi durante seu mandato de governador que o Presidente Jânio Quadros renunciou ao cargo inesperadamente. Sua atitude entregava a presidência ao seu vice, João Goulart. No entanto, este já era um político mal visto pelas elites tradicionais do Brasil, que alegavam sua ligação com as ideias socialistas. Quando ocorreu a renúncia de Jânio, João Goulart estava em missão diplomática na China, país já comunista naquela época, o que piorou sua imagem. Grupos de oposição no Brasil tentaram a todo custo impedir que Jango, como era chamado João Goulart, voltasse ao país e assumisse a presidência. Nesta época, Leonel Brizola liderou a Campanha da Legalidade, que defendia o direito de Jango tomar posse como novo presidente. Seu movimento foi vitorioso e Jango governaria o país pelos próximos anos.
Em 1962, Leonel Brizola se mudou para o Rio de Janeiro e foi eleito deputado federal. Mas a situação política no país só piorava rumo ao conservadorismo das forças de direita. Até que, em 1964, os militares comandaram um golpe que derrubou o governo do Presidente Jango e instalou no país uma ditadura militar. Brizola, diretamente ligado ao presidente deposto, perdeu seus direitos políticos e se exilou no Uruguai. Em 1977, a ditadura brasileira pediu sua expulsão do país vizinho e foi deportado para os Estados Unidos, onde desenvolveu boas relações com Jimmy Carter. No ano seguinte, foi para Portugal se juntar a outros exilados até voltar para o Brasil em 1979, permitido pela Lei da Anistia. No mesmo ano, foi um dos fundadores do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e retomou sua vida política no Brasil.
Em 1982, Leonel Brizola alcançou um feito ainda inigualado na história política de nosso país, foi eleito governador por um estado diferente, o Rio de Janeiro. Pouco depois, a ditadura militar finalmente acabaria no Brasil, em 1985. Com a volta das eleições diretas para presidente e a abertura para os civis, Brizola se candidatou ao posto máximo da política brasileira em 1989. Foi o terceiro candidato mais votado, ficando atrás de Collor e Lula, que disputaram o segundo turno. Brizola apoiaria Lula, mas Collor seria o vencedor no pleito eleitoral. Coube a Brizola disputar o governo do Rio de Janeiro no ano seguinte, para o qual seria eleito pela segunda vez. Em 1994 ele tentaria novamente a eleição para presidente. Na eleição seguinte para presidência, foi vice-presidente na chapa liderada por Lula, mas Fernando Henrique Cardoso conseguiu a reeleição. Também foi candidato nas eleições de 2000 para prefeito do Rio de Janeiro e nas eleições de 2002 para uma vaga no Senado.
Após os fracassos políticos na sua última década de vida, Leonel Brizola continuou envolvido com a política, porém sem tamanha importância como antes. Depois de uma viagem para sua fazenda no Uruguai, retornou ao Brasil com infecção intestinal e forte gripe, um quadro bastante delicado que o deixava debilitado. Sua situação piorou e o forçou a ser internado. Exames foram feitos, mas nada de anormal havia sido encontrado. Quando Brizola estava entrando no elevador para deixar o hospital, sofreu um infarto agudo do miocárdio e faleceu no dia 21 de junho de 2004.
Leonel Brizola foi velado no Palácio da Guanabara, no Rio de Janeiro, e também em Porto Alegre. Foi sepultado em São Borja, fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, mesmo local onde estão Getúlio Vargas e João Goulart.
Depois de uma viagem para sua fazenda no Uruguai, retornou ao Brasil com infecção intestinal e forte gripe, um quadro bastante delicado que o deixava debilitado. Sua situação piorou e o forçou a ser internado. Exames foram feitos, mas nada de anormal havia sido encontrado. Quando Brizola estava entrando no elevador para deixar o hospital, sofreu um infarto agudo do miocárdio e faleceu no dia 21 de junho de 2004.
Leonel Brizola foi velado no Palácio da Guanabara, no Rio de Janeiro, e também em Porto Alegre. Foi sepultado em São Borja, fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, mesmo local onde estão Getúlio Vargas e João Goulart.