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O deputado federal Afonso Motta, do PDT do Rio Grande do Sul, definiu, no Plenário da Câmara, como “boletim de ocorrência“, os fatos envolvendo os Poderes da República, os setores públicos e privados que repercutiram no Brasil e no mundo, na última terça-feira (5).

Segundo ele, o que está acontecendo evidencia o esgotamento de um sistema que, “lamentavelmente”, destrói o Brasil e alcança o mundo, a começar pelas investigações sobre a compra de votos, que resultou na realização dos Jogos Olímpicos no Brasil em 2016.

Afonso Motta também se referiu à apreensão, pela polícia federal, de malas e caixas com dinheiro em um apartamento, em Salvador (BA), usado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, que está sob prisão domiciliar, naquela capital. Para o parlamentar, o ocorrido “mostra a triste realidade política e institucional brasileira”.

O deputado lamentou que as evidências não sensibilizem os parlamentares e os façam prestar contas à sociedade. “Verdade é que nós aqui, respondendo muito mais às medidas de império do Governo, temos dado a nossa resposta obstruindo, discutindo, complementando a regulação de império, que hoje é o que vige no País”.

Motta cobrou a aprovação das mudanças para o processo eleitoral de 2018 que, segundo ele, é imprescindível para a vida nacional.

“Sem a definição do novo sistema, vai faltar financiamento, as prestações de contas não vão ter integridade e a campanha, que vai ser a única esperança para sair do grande desafio que vive o País, não vai dar resposta mínima para o debate nacional necessário”, disse.

Pela falta de entendimento e as divergências, até mesmo pelo interesse partidário, o parlamentar chamou para si a responsabilidade de assumir o voto individual, que, de acordo com ele, é a única forma de resolver o impasse e concluir a votação de matérias que implicam no pleito eleitoral.

“Nós temos que disputar no voto e assumir as consequências por essa disputa”.