O TRABALHO
12 DE DEZEMBRO DE 2000.
Por: Adão Eliseu de Carvalho
Do Movimento Autenticidade Trabalhista
O centro das idéias de Alberto Pasqualini era o trabalho, como o princípio básico de organização da vida de cada indivíduo e do bem-estar da coletividade.
Preconizava a reforma do sistema capitalista, por meio da transformação dos mecanismos da moeda e do crédito.
A reforma do capitalismo seria feita com a manutenção da propriedade privada, da iniciativa individual e da ordenação do crédito, possibilitando a criação de frentes de trabalho e do trabalho criador.
Como se pode observar, em nenhum momento do ideário do pensador trabalhista foi preconizado o lucro como fonte de bem-estar social, mas, o trabalho com ênfase na pessoa humana e na vida.
Afirma, ainda, que o trabalho é o fator da produtividade regeneradora do capitalismo e de uma equilibrada previdência social de função redistribuidora da renda.
Somos uma civilização com poucas - uma delas é o Trabalhismo. A poluição política e a ganância dos agentes do capitalismo agrava de forma mortal a já situação de miséria e violência em nosso país e no mundo.
A queda do bloco socialista foi acompanhada pela proscrição da globalização e o catecismo liberal, como comenta R. Schwarz.
O sistema capitalista segundo, R. Kurz, alcançou seu limite e pela primeira vez o aumento de produtividade está significando dispensa de trabalhadores. Interessante! O capital começa a perder a faculdade de explorar o trabalho e os trabalhadores passam a se debater contra a falta dele. Alberto Pasqualini já previa esta situação, por isso, preconizava com força e vigor a transformação do capitalismo no capitalismo solidarista.
O trabalhismo é a alternativa e a grande meta do PDT, criar o Trabalhismo Novo, adaptado aos dias atuais, com base no trabalhismo antigo.
A contribuição do Movimento Autenticidade Trabalhista sera digna a partir dos estudos e discussões, de uma maneira ampla e profunda.
Fomos, em várias ocasiões acompanhados pelo companheiro Alceu Collares, o que, sob todos os aspectos enriqueceu nossos estudos com sua experiência, fruto de uma grande formação e cultura política.
Para concluir uma referencia à R. Garaudy que escreveu muito sobre o trabalho. Numa acepção diferente afirma que a agricultura é um ato sagrado pois aumenta a vida encerrada nas sementes e na terra, com as forças ocultas no sol e na água e, " o trabalho do homem, que completa essas forças esparsas é oração e comunhão entre o agricultor e Deus.”