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Os 85 anos do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul, CREA/RS, foram registrados hoje (22) no Grande Expediente da sessão plenária, pelo deputado Gerson Burmann (PDT). A entidade reúne mais de 80 mil profissionais, entre engenharia civil, geografia, agrimensura, geologia, agronomia e outras categorias dessa área, e dispõe de 44 inspetorias para fiscalizar o exercício profissional.
Ex-secretário estadual de Obras, Saneamento e Habitação, o deputado Gerson Burmann – que é engenheiro civil formado pela UFSM – discorreu sobre o trabalho do CREA/RS nestas oito décadas e meia de atuação. A entidade congrega mais de 80 mil profissionais, cuja regulamentação remonta ao período imperial, quando em 1.800 Dom Pedro II definiu através de decreto os limites de atuação de engenheiros civis, geógrafos, agrimensores e bacharéis formados em matemática. Mas foi em 1966 que o Congresso nacional definiu as diretrizes do exercício profissional das engenharias, da arquitetura e agronomia e, também, da geologia, meteorologia, técnicos do segundo grau e tecnólogos.
Com desempenho também na secretaria de Obras de Ijuí, na década de 90, Burmann fez referência à crise econômica e às áreas que rapidamente enfrentam essa situação gerando emprego, agronomia, agricultura e todos os segmentos da engenharia. E as obras em andamento na área de infraestrutura, de pesquisa e inovação tecnológica “têm a mão de um profissional da área do sistema CONFEA/CREA”, assegurou o parlamentar.
Observou que a entidade cumpre, anualmente, com a meta de valorizar a área tecnológica, “ação que ao longo destas oito décadas está vinculada ao trabalho desses profissionais nas mais importantes obras estruturantes do Rio Grande do Sul”. Ele também destacou a atuação dos representantes do Conselho, empenhados nos aspectos técnicos da infraestrutura, produção, meio ambiente e segurança.
O CREA/RS é entidade autárquica de fiscalização do exercício e das atividades profissionais, dotada de personalidade jurídica de direito público, constituindo serviço público federal, vinculada ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – Confea. O Conselho atua na fiscalização, controle, orientação e aprimoramento do exercício profissional dessas categorias e ao Confea cabe garantir a unidade de ação e a normatização de todos os CREAs do Brasil, exercendo funções de supervisão financeira e administrativa sobre eles, formando-se assim, o Sistema Confea/Crea.
Pertencem ao CREA os profissionais da engenharia civil; geografia; agrimensura; engenharia elétrica e eletrônica, eletrotécnica; engenharia industrial, mecânica, têxtil, naval, aeronáutica, metalúrgica; agronomia; meteorologia; geologia; engenharia de minas; engenharia florestal; engenharia química; engenharia de segurança do trabalho; tecnólogos, técnicos de nível médio entre outros. São 44 inspetorias que fiscalizam estes profissionais, através de exigências como a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), documento legal do exercício profissional.
Presenças profissionais
Gerson Burmann destacou a importância destes profissionais na sociedade, “com repercussão no aumento da produtividade das lavouras de soja, resultado da atuação do agrônomo e do técnico agrícola, assim como em outras áreas, como a meteorologia". Referiu, ainda, avanços tecnológicos promovidos pelos engenheiros mecânicos e técnicos industriais na projeção de máquinas colheitadeiras com alta precisão ou projetos de irrigação, e também a atuação de geólogos, engenheiros florestais e geógrafos "na definição de regiões propícias à culturas que acelerem o desenvolvimento estadual sem agredir o meio ambiente”. Apontou, também, o trabalho dos engenheiros elétricos nas pequenas usinas hidrelétricas e de energia eólica e os projetos de energia solar, assim como os engenheiros de minas, engenheiros químicos e, o engenheiro do trabalho, voltado para minimizar os riscos de acidentes de trabalho.
Sobre o engenheiro civil, sua opção profissional, ponderou que está em todas as obras, como no Centro Administrativo do Estado, no Estádio Beira-Rio, na Arena do Grêmio, na BR-448 e RS-118, “em todas elas, sem distinção, vamos encontrar inúmeros profissionais e empresas ligadas ao CREA”. Apontou, também, para a nova Orla do Guaíba, obra recente que modernizou a cidade e aqueceu o turismo e, em obras, a nova ponte do Guaíba, que “utiliza métodos cada vez mais modernos na execução de obras de arte”, com repercussão na redução dos recursos. O deputado observou, por último, que a tecnologia e materiais alternativos têm predomínio entre os profissionais do CREA/RS, que respondem por parte do PIB nacional e pela melhoria da qualidade de vida das pessoas.