Jairo Jorge esteve reunido com a diretoria do Sindicato, dando início ao cronograma de encontros com os candidatos às Eleições 2018. Foi lançada a nova edição da Pauta Mínima para a Administração do Estado, com contribuições técnicas para a gestão pública, sob o ponto de vista da Engenharia.
Foi lançada nesta sexta-feira (3) a nova edição da Pauta Mínima para a Administração do Estado, documento elaborado pelo SENGE visando apresentar contribuições técnicas para a gestão pública, sob o ponto de vista da Engenharia, aos candidatos às Eleições 2018.
O lançamento foi realizado durante encontro com o candidato ao Palácio Piratini, Jairo Jorge e o vice Claudio Bier (coligação PDT, PV, Solidariedade, Podemos, PPL e Avante), dando início ao cronograma de reuniões da diretoria executiva do SENGE com os candidatos ao governo do Estado. A iniciativa é realizada desde 2012, tanto nos pleitos municipais, quanto na eleição estadual, com candidatos aos cargos executivos e legislativos.
Jairo sintetizou alguns pontos que considera causadores da crise atravessada pelo Estado: a estagnação econômica; a "fuga de cérebros" e crescente saída de jovens da classe média para outros estados e o exterior, e também no campo, comprometendo a sucessão nos negócios familiares; estado burocrático; perda de excelência em diversas áreas, como saúde, segurança e educação; déficit em infraestrutura; desigualdades agravadas pela falta de um planejamento que busque mais simetria no desenvolvimento das regiões do Estado; e o paradigma do conflito, que resulta em um “Gre-Nal” permanente de ideias que impossibilitam a busca de soluções convergentes.
Para este cenário, Jairo apresentou aos diretores do SENGE algumas propostas do seu programa de governo que, segundo ele, pretende ser disruptivo e inovador. Destacando o distanciamento cada vez maior, nos últimos anos, entre despesas e receitas, o candidato afirmou que a despesa do RS é equivalente à de outros Estados. “Há um problema estrutural de receita que precisamos enfrentar com o binômio aceleração de licenças ambientais e redução da carga tributária”, apontou. Nesse âmbito, citou as iniciativas empreendidas durante sua gestão na Prefeitura de Canoas, que agilizaram o licenciamento de empreendimentos como o ParkShopping Canoas, e a chamada “Lei do Gatilho”, que reduziu e padronizou as alíquotas de ISSQN, impactando positivamente a arrecadação. Salientou também a intenção de atrair investimentos em tecnologia, startups e economia criativa. “A dinamização econômica é necessária para sairmos desse círculo vicioso e inóspito ao desenvolvimento”, disse. Apontou a intenção de reestruturar o governo, o compromisso de dialogar com os servidores e a organização das hierarquias da administração pública em três níveis: formulação, desenvolvimento e execução.
O candidato a vice-governador, Claudio Bier, também apresentou sua trajetória presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (SIMERS) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS).
Empresas públicas, fundações e quadros técnicos
“Não está na minha agenda a privatização”, afirmou Jairo Jorge aos diretores do Sindicato, quando questionado sobre a CEEE. “Essa é uma agenda ultrapassada. Infelizmente tem um setor do nosso Estado que ainda vive com a cabeça nos anos 80. Se a Margaret Thatcher estivesse viva, ela não faria privatização hoje. Ela buscaria outros caminhos, parcerias público-privadas ou outros caminhos. Mas nós ainda cultuamos os anos 80. Achamos que a privatização vai ser a solução, não é. Nós temos que buscar primeiro uma gestão mais eficiente. Vocês já apontaram saídas, eu também acredito que haja saídas. Muitas delas se devem a gestão, a crise também é fruto de gestão temerária”, afirmou o candidato.
Jairo criticou a intenção do governo estadual de privatizar a CEEE, abrindo espaço para um monopólio privado no setor energético, o que na opinião do candidato significa um retrocesso de 60 anos, referindo-se ao cenário que motivou a estatização promovida pelo governador Leonel Brizola e a criação da Companhia. “Temos condições de recuperar a CEEE, é uma empresa importante. Não abro mão desse papel, tenho receio de ficarmos na mão dos chineses”, afirmou.
Citou ainda a necessidade de avançar na política de geração, os projetos envolvendo biomassa e a importância da CEEE também como agente indutor das políticas públicas de energia no Estado. Defendeu o debate sobre o polo carboquímico e a diversificação da matriz energética.
Jairo Jorge se comprometeu com o diálogo e respeito aos servidores. “Proponho me conectar à inteligência do Estado. A única mudança real é a que vem debaixo para cima. Atacar as Fundações é acabar com a inteligência do Estado”, afirmou o candidato.
“O papel de um governador não é ser leiloeiro, é fazer o Estado funcionar. Minha proposta é que a empresa pública dê lucro e o lucro nós vamos aplicar em um fundo para a educação. Isso vai dar propósito, isso vai dar sentido. Para o funcionário do Banrisul, eu sei que não é só o PPR que importa e nem o caixa único. Isso vale para a Corsan, CEEE, Sulgas e CRM. Toda a empresa pública tem que dar lucro e o lucro será investido em uma causa, um legado, que é a educação”, afirmou o candidato.