DESEMPREGO

7 de setembro de 1998

 

POR:  Orion Herter Cabral

Do Movimento Autenticidade trabalhista

 

 

O desemprego é um fenômeno desconcertante quando nos deparamos com o volume de trabalho a realizar no Mundo, frente ao volume de recursos ociosos.

É incrível que a tecnologia gere desemprego e não a liberação de mão-de-obra para os serviços necessários. O pano de fundo desta situação é o vírus do liberalismo para o qual não há vacina.

No Brasil devíamos lutar por nossas empresas e nossos empregos, como fazem os Norte Americanos – povo com propósitos liberais, para quem a teoria na prática é outra.

O desemprego provocado pela prática do liberalismo, quando atingiu a Europa, depois da Primeira Guerra Mundial, deu origem a três regimes de governos fortíssimos: dois de direita - o Fascismo e o Nazismo e um de esquerda - o Comunismo.

O mercado, sem governo, não diminui as diferenças sociais e regionais, pelo contrário aprofunda-as, pois o mercado sem controle é concentrador da renda - hoje, mais de 90% do mercado mundial está concentrado na Europa, EEUU e Japão.

Sem o controle governamental o mercado é centralizador da produção - hoje,  40 mil corporações econômicos, de 15 países, dominam o mercado mundial oferecendo 150 milhões de empregos para 2 bilhões e 800 milhões de candidatos.

O mercado espontâneo é desintegrador das economias regionais - hoje, uma camisa fabricada na China, por uma empresa  britânica, que usa algodão paraguaio, pode ser fechada em um bar de Nova Iorque.

 

Mercosul

Os blocos econômicos surgiram na Europa, para equilibrar a vantagem de escala da industria americana, com um grande mercado interno disponível e no Japão, com predomínio no mercado asiático.

O Mercosul não busca a competitividade internacional,  está voltado para a concorrência interna, submissa a interesses e vantagens de poucos com prejuízos das empresas e dos trabalhadores da região.