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Paz, liberdade, justiça e democracia. Valores que marcaram a trajetória do líder anti-apartheid e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, Nelson Mandela. Hoje, no Dia Internacional criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para homenageá-lo, um alerta ecoa em direção a um ponto central: o reincidente avanço do preconceito.

Considerado o mais importante representante da África Negra, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia. Resistiu, superou e venceu junto com seu povo e seus ideais. Emblemático, conquistou, em 1993, o tão merecido Prêmio Nobel da Paz.

“Nós podemos mudar o mundo e torná-lo um lugar melhor. Está em nossas mãos fazer a diferença”, repetia Mandela.

Em 1991, uma visita entrou para a história. Dois meses após ser solto da prisão, Mandela foi recepcionado pelo então governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, pedetista reconhecido pelo alinhamento em prol do mesmo objetivo principal: o desenvolvimento do povo.

Ao conhecer a Praça da Apoteose, assistiu ao show de artistas como Martinho da Vila, Tim Maia, Leci Brandão, Cidade Negra e Emílio Santiago, entre outros. Era a integração com a felicidade de uma cultura tão elogiada no exterior e que remete às matrizes africanas, bases formadoras da miscigenação local.

Para os brasileiros, o ícone mobilizou a população e os movimentos negros, além de ter trazido a temática da discriminação racial para a vitrine de um país marcado pelo preconceito, mas formulado para deixar esse crime abominável com atras transparentes nos debates da sociedade.

Política

Presidente do Congresso Nacional Africano, Mandela tratou com o pedetista e outras lideranças internacionais das alianças e apoios necessários para conquistar, posteriormente, a vitória do primeiro negro na eleição presidencial da África do Sul.

O sul-africano também defendia, na época, a manutenção das sanções ao seu país “até que o apartheid não exista mais e todos tenham direito a voto”.

Assista ao vídeo da visita do discurso de Nelson Mandela, ao lado de Brizola, no Rio de Janeiro: