A carta de Pero Vaz de Caminha relatando ao rei de Portugal a descoberta de novas terras, em 1500, juntamente com outros documentos e amostras coletadas daqui do nosso país podem ser consideradas como os primeiros registros postais no Brasil. Os Correios tiveram sua origem no Brasil em 25 de janeiro de 1663, com a criação do Correio-Mor.
Com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, em 1808, o País passou de colônia à sede do governo português, e sob a regência de Dom Pedro II, durante o período imperial, os Correios tiveram o lançamento dos primeiros selos postais, a criação do quadro de carteiros, de caixas de coleta e de postais, e a distribuição domiciliária de correspondência na Corte e nas províncias, e foi neste período que, também, foi estabelecido o serviço telegráfico.
Com a Revolução de 30 e a chegada de Getúlio Vargas ao poder, os Correios passaram por uma moderna restruturação e capacidade técnica; através do Decreto 20.859, de 26 de Dezembro de 1931, foi criado o Departamento dos Correios e Telégrafos (DCT) que unificou a gestão deste serviço; e em 23 de Abril de 1934, por meio do Decreto 24.156, criou a Escola de Aperfeiçoamento dos Correios e Telégrafos que tinha como objetivo: “a formação de pessoal dotado de conhecimentos sistematizados concernentes à execução”.
Atualmente, os Correios possuem diversos serviços que atendem à população brasileira: desde o simples envio de correspondências e encomendas, passando pelos serviços bancários que facilitam a vida do trabalhador brasileiro, até o recebimento de mercadorias importadas e os trâmites do desembaraço aduaneiro.
Com a decisão do fechamento de agências e demissão de servidores públicos, vemos mais vez, o governo ilegítimo atual desmantelar os serviços públicos que atendem às necessidades do povo brasileiro.
Esse desmonte atende aos ideais Neoliberais, pois querem sucatear uma empresa que é um símbolo de integração nacional, como também de nossa soberania. O que está por trás deste ato atentatório contra os correios é a sua privatização, e a entrega irresponsável de nosso patrimônio aos interesses não pátrios.
Deixo aqui uma reflexão: até quando esse governo ilegítimo vai sucatear nossas empresas, até quando o trabalhador brasileiro será castigado por essa sanha entreguista? Minha solidariedade aos trabalhadores dos correios, meu respeito à história dessa empresa que tanto serviu ao povo brasileiro, meu repúdio à agressão e à entrega de mais um patrimônio nosso.