Em fevereiro, o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) anunciou, diante de empresários e lideranças comunitárias, a sua disposição de não interromper o processo de revitalização do 4º Distrito. Em curso há muitos anos, com a potencialização do projeto Masterplan, que pretende atrair para o local empresas da área médico-hospitalar e de inovação criativa, nos campos da comunicação, cultura, lazer e tecnologia da informação, muitos avanços aconteceram nos últimos 12 anos. Infelizmente, passaram-se seis meses de governo e, até o momento, nada aconteceu e, por isso, protocolamos na Câmara Municipal a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Continuidade do Projeto de Revitalização do 4º Distrito.
A medida é uma resposta às pessoas que investiram tempo, trabalho e recursos para que esse projeto fosse concluído e executado. Diante da sua estagnação, agravada pela crise financeira, é grande o risco de que investidores, já interessados em apostar em algumas das atividades econômicas propostas no projeto, resultante do convênio entre o Núcleo de Tecnologia Urbana da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) com o Executivo, abandonem o barco.
O Masterplan, em sua essência, contempla o uso de espaços com edificações de perfil inovador e que insiram construções tombadas pelo Patrimônio Histórico. Para isso, propõe um novo regime urbanístico para a região. A ideia é criar estrutura e organização para a exploração das atividades, atrair investidores e diversificar a reocupação dos bairros Navegantes, São Geraldo, Floresta, Farrapos e Humaitá, que formam o 4º Distrito.
Entre as novidades está previsto um terminal hidroviário, prédios para empresas e startups, dois centros, um clínico e hospitalar metropolitano, e outro para eventos. A proposta traz soluções paisagísticas, que multiplicam em oito as áreas verdes, para mitigar os alagamentos, além de quadras reservadas para lojas de design e mobiliários, praça das artes e moradias sociais.
Vereador de Porto Alegre (PDT)